ESTROFES DE OURO

A Literatura de Cordel no Nordeste Brasileiro
O violeiro Cego Aderaldo cantava com o poeta Rogaciano Leite no sul do país; Rogaciano trabalhou a seguinte estrofe:
A boca de Aderaldo
Nos causa admiração,
A gente olhando pra ela
Vê fígado, vê coração
E se olhar bem direito
Avista a China e o Japão.
Aderaldo respondeu:
Tu falas da minha boca
Mas não convém falar dela
Que a tua também é grande
Do tamanho de uma cancela.
Se não tiveres cuidado
Tu vais cair dentro dela.
Estava um cantador cantando numa feira e passou a elogiar o prefeito da cidade; começou cantando a seguinte sextilha:
Ninguém prova que o prefeito
Desta cidade roubou
De Repente dois opositores do prefeito contestaram e gritaram: o prefeito é igual a um rato. O cantador ouviu e mudou o rumo da estrofe e terminou dizendo:
Chamaram o prefeito de rato,
O prefeito não se importou,
Chamaram o rato prefeito,
O rato se enforcou.

Fiquem ligados, todos os meses postaremos as melhores estrofes para deleito do nosso leitor ( se você gostaria de ver sua estrofe publicada neste espaço mande para nosso e-mail: funcor@bol.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário